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Festival Internacional de Artistas de Rua da Bahia leva espetáculos gratuitos à Praça Rui Barbosa


20 de março de 2019, 18:46

A praça pública como espaço de encontro e de democratização da arte. É com acrobacias, teatro, histórias contadas e cantadas que os grupos do 15º Festival Internacional de Artistas de Rua da Bahia transformam gestos, cores, sons, cartas e fotografias em porta de entrada para as possibilidades da imaginação.

Na Praça Ruy Barbosa, onde as apresentações acontecem, “papo reto” vira poesia, cubo mágico acaba em palhaçada, madeira dá origem a instrumento musical e barbantes apresentam bolhas de sabão que as crianças desenham pelo ar.
É nesse clima de mistério, improviso e encantamento que, na passagem inédita por Alagoinhas, o Festival desperta o público, que se envolve, canta junto, participa.

Foto: Roberto Fonseca

“Atrai pessoas, mostra a arte, divulga os trabalhos e valoriza a cultura”, pontuou Bruno Santos, que avaliou positivamente a iniciativa. “Estou gostando muito”, comentou o estudante.

Quem não esteve no centro da cidade nesta terça (19), tem ainda uma nova oportunidade de acompanhar as apresentações. É que o Festival Internacional de Artistas de Rua da Bahia continua em Alagoinhas nesta quarta-feira (20), a partir das 19h, na praça, com apresentações gratuitas para a população.

Foto: Roberto Fonseca

A curadoria é do diretor artístico Bernard Snyder, com produção de Selma Santos, e o projeto faz parte do edital de eventos calendarizados do estado, com apoio do Fundo de Cultura e da secretaria de cultura da Bahia.

Para as apresentações em Alagoinhas, o apoio é da Prefeitura, através da Secretaria Municipal de Cultura, Esporte e Turismo (SECET), que fornece o apoio logístico e intermediou o diálogo com a organização.

“Alagoinhas está vivendo um momento especial, na Praça Ruy Barbosa, porque estamos recebendo artistas do mundo inteiro, com diferentes atividades. Não é somente melhorando as ruas e a atividade na escola ou nos hospitais que se faz com que as pessoas tenham mais saúde. Um momento de alegria, um momento de lazer, um estado especial como esse, é um motivo para sentir muita satisfação e, quando a alma da gente está bem, está alegre, feliz, a gente tem mais saúde. Alagoinhas está alegre e espera outras oportunidades para que o festival aconteça novamente na nossa terra”, enfatizou a secretária de cultura e vice-prefeita do município, Iraci Gama.

Foto: Roberto Fonseca

O público alagoinhense, que se despede dos grupos hoje, não será o único contemplado. Este ano, além da cidade e das rotas tradicionais pela capital baiana e por Madre de Deus, o Festival de Rua segue também para Lençóis, nos dias 22 e 23 de março.

Para a produtora Selma Santos, mais do que proporcionar encontros, o evento amplia os discursos possíveis, fortalece as manifestações da cultura, celebra a arte enquanto criação, cultura e compartilhamento. “O objetivo maior é levar diversidade de arte para as pessoas, nessa transversalidade. A gente junta tudo em um lugar de uma forma democrática. Você vê a satisfação cara a cara, então é ótimo para o artista e para o público. Antigamente, os menestreis saiam pela rua e passavam o chapéu. A proposta é essa. Na praça pública, as apresentações acontecem paralelamente”, afirmou.

Com 5 pontos diferentes e apresentações concomitantes, quem chega à Praça Ruy Barbosa tem um leque de possibilidades para escolher e precisa apenas de alguns passos para se deixar levar pela rota de performances que atraem visitantes e promovem o intercâmbio de experiências entre os artistas.

Foto: Roberto Fonseca

Os gaúchos Gabriel Gomes e Karina Ninow, da dupla “GomesNinow”, selecionados, este ano, para o Festival, se apresentaram pela 1ª vez na Bahia, nesta temporada, e ressaltaram a importância da troca, da interação com o público, da valorização dos artistas e da democratização da arte. “Fomos para vários outros estados, mas na Bahia é a primeira vez e estamos encantados com a receptividade do público. Que as pessoas valorizem os momentos, que percebam que, por mais difícil que seja a gente viver de arte de rua, a gente faz isso com muito amor. A gente quer realmente que as pessoas percebam os encontros como possibilidade de transformação da sociedade. Nos inspiramos muito em artistas populares do Brasil, que trabalham com essa brincadeira com o público. Nem sempre eles têm uma técnica tão bem desenvolvida, mas mantêm o jogo através da brincadeira com as pessoas. Nós acreditamos nessa brincadeira através do riso, nessa gargalhada que a gente consegue tirar das pessoas”, revelou Karina Ninow.

Segundo a diretoria de turismo do município, os artistas trazem uma agenda diversificada gratuita para as famílias, movimentam o espaço e ainda atraem visitantes.

Foto: Roberto Fonseca

A programação, aberta ao público, está disponível através do link: http://www.festivalderua.com/artistas.html.

 

 

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