324 baianas de acarajé em Alagoinhas. E apenas uma é cadastrada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Com o intuito de mudar esta realidade a Prefeitura, através da Secretaria de Assistência Social (SEMAS) e da Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer (SECEL), junto com a Federação Nacional do Culto Afro Brasileiro (Fenacab), realizou na manhã desta quinta-feira, 03, a primeira reunião de articulação para buscar propostas e mobilizar as baianas do município para padronização do ofício. O encontro foi realizado no Salão Verde da Prefeitura.
Consideradas como Patrimônio, da Humanidade pelo IPHAN, Imaterial e Cultural de Salvador desde 2012, a profissão é distinta pela prática tradicional de produção e venda em tabuleiro nos espaços públicos, de alimentos feitos com azeite de dendê e ligados ao culto de orixás. As comerciantes usam indumentária característica dos ritos de candomblé, forte elemento de identificação da atividade.
Em Alagoinhas, a ideia é discutir a padronização das baianas que atuam na cidade, pois, segundo o coordenador da Fenacab Jadson Torres, a prática não condiz com o tombo nacional. “Não queremos forçar o uso da indumentária, para respeitar as outras religiões que vendem o acarajé e o abará. Mas temos a preocupação em manter a originalidade e tradição do produto que é afro-brasileiro”.
Ainda segundo ele, maisena, farinha de trigo, flor de milho, dentro outras matérias-primas mudam os alimentos, distorcendo o processo de produção e sua finalidade. Em breve, o IPHAN estará em Alagoinhas realizando o cadastramento daquelas que ainda não possuem registro junto ao instituto. No dia 14, uma nova reunião acontece no Salão Verde para sistematizar as propostas que serão levadas ao Ministério da Cultura.
Fonte: SECOM – Secretaria de Comunicação
Publicado por: SECOM
