A Prefeitura de Alagoinhas, por meio da Secretaria da Saúde (SESAU), esclarece os fatos divulgados por alguns veículos de comunicação em Alagoinhas e na Bahia. No último dia 03 de março, a parturiente E.P.S.C deu entrada na Maternidade Municipal Dr. João Carlos Meireles Paulilo (HMJCMP), onde às 14h42, realizou parto natural, com o recém-nascido em boas condições de nascimento, sem intercorrência.

Foto: Amilton André – SECOM
Infelizmente, no dia 07 de março, o recém-nascido evoluiu para óbito, devido a uma Icterícia Neonatal, associada a uma parada cardiorrespiratória. É válido ressaltar que todos os procedimentos cabíveis, possíveis e de responsabilidade da HMJCMP foram realizados. A direção da maternidade, por oito vezes (fax, e-mail, telefone e sistema da Central de Regulação), tentou a transferência do recém-nascido para uma UTI Neonatal. Tendo sido negada a transferência, pelo Governo do Estado, através da Secretaria da Saúde (SESAB), devido à falta de leitos.
O prefeito Paulo Cezar presta as condolências à família e reitera a necessidade do Governo do Estado colocar em prática os diversos projetos apresentados pelo município, para a construção de uma nova maternidade, onde possam ser oferecidos os serviços de UTI Neonatal e a ampliação dos leitos, já que se trata de uma maternidade regional.
“Primeiramente, queria deixar os meus pêsames à família, mas, principalmente, à mãe e ao pai. É inadmissível que uma cidade do nosso porte, que oferece atendimento a mais de 30 municípios da região, não possua uma UTI Neonatal. Já apresentamos diversos projetos para a construção de uma nova unidade, inclusive, com doação de terreno da Prefeitura. É necessário que possamos ter todos os serviços e equipamentos para garantir um atendimento de excelência às parturientes, mas, sobretudo, aos recém-nascidos, que são o futuro do nosso país”, concluiu.
Cronologia
No dia, 04 de março, após uma reavaliação pediátrica, foi detectada, por meio de exame físico, icterícia neonatal (A icterícia aparece no bebê saudável quando o sangue fica com excesso de uma substância chamada bilirrubina, que é produzida durante o processamento pelo organismo dos glóbulos vermelhos de que ele não vai precisar mais. Os recém-nascidos tendem a ter níveis de bilirrubina mais elevados porque possuem hemácias extras no corpo e seu fígado, ainda não consegue metabolizar o excesso de bilirrubina. Esse tipo de icterícia neonatal raramente é prejudicial a bebês saudáveis que tenham nascido a termo*.
Após o diagnóstico, foram solicitados outros exames laboratoriais específicos e foi prescrito fototerapia, com proteção ocular, novamente, sem intercorrência. No dia 05 de março, o recém-nascido evoluiu com agravamento da icterícia. No dia 06 de março, mesmo usando a fototerapia dupla, a direção solicitou a transferência do recém-nascido para a realização de um procedimento mais avançado, que não é oferecido na maternidade, através da Central de Regulação, que confirmou o recebimento do pedido às 10h. O procedimento solicitado foi o de “exsanguineotransfusão”, que só é realizado na capital baiana, Salvador.
Ainda no dia 06 de março, às 15h30, a pediatra plantonista fez uma reavaliação e encaminhou o recém-nascido para o berçário, por apresentar desconforto respiratório e hematúria. Ele foi encaminhado para uma incubadora aquecida, instalado CPAP nasal, sonda orogástrica, venoclise, introduzido antibioticoterapia, anti-hemorrágico e mantida a fototerapia. Com isso, mais uma vez, a direção entrou em contato com a regulação, solicitando uma nova transferência e foi informada pelo médico regulador “a falta de vaga absoluta”.
Outra tentativa da direção do HMJCMP, através do Serviço Social, foi que o genitor do recém-nascido, é beneficiário do Planserv, onde todo o relatório foi encaminhado, solicitando vaga no Hospital Português e Sagrada Família, porém obtendo a resposta de falta de vagas nas UTI´s neonatais de ambas.
No dia 07 de março, mantida a gravidade do quadro clínico, um novo contato com a regulação foi feito, onde a ausência de vagas esteve mantida. Às 12h25, o recém-nascido evoluiu a óbito.
É válido ressaltar que todas as informações estão registradas em prontuário. A Prefeitura reafirma o sentimento de pesar aos familiares.
Fonte: SECOM – Secretaria de Comunicação
Publicado por: SECOM