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Em decisão democrática da rede municipal, professores escolhem unificar o livro didático que atende às unidades escolares


22 de agosto de 2018, 16:37

Pela primeira vez em Alagoinhas e partindo de uma decisão democrática de toda a rede municipal de ensino, a Prefeitura, através da Secretaria Municipal de Educação (SEDUC), escolheu unificar os livros que atendem a estudantes das escolas municipais.

“No caso da escolha única, o aluno que está estudando na Escola Marco Maciel recebe uma coleção de livros e o aluno que está estudando em Alagoinhas IV vai receber a mesma coleção, então a gente não vai ter livros diferenciados, como a gente tinha antes, quando cada escola escolhia sua coleção independente”, explicou Keite Lima, coordenadora pedagógica da SEDUC.

A decisão, inédita no município, partiu dos próprios professores da rede municipal, que se reuniram para avaliar os materiais disponibilizados pelo Programa Nacional do Livro Didático (PNLD).

Imagem: Roberto Fonseca/SECOM

Para Vanilda Caldeira Santana, que trabalha há 20 anos na rede e atua hoje em 2 escolas de Riacho da Guia, a escolha é positiva. “Os nossos livros eram diferenciados. A gente trabalhava com livros integrados, sem muita escolha, o que tornava nosso trabalho bem difícil. A nossa opção por escolher os livros em rede unificada significa um ganho para a comunidade rural. Nossos alunos que estudavam lá, quando vinham para a sede, sentiam dificuldade porque os livros eram diferentes. Agora não. A gente teve a oportunidade de escolher esse livro que atenderá a todas as unidades”, pontuou.

Marivalda de Almeida, coordenadora dos anos iniciais do ciclo de aprendizagem Alagoinhas, concorda. “O primeiro benefício é o trabalho em rede. Sendo um trabalho em rede, a aprendizagem das crianças acreditamos que vai melhorar, porque se a criança estuda em uma escola e precisa de transferência, a outra escola vai dar continuidade ao conteúdo que ela já estava estudando. Além disso, é positivo para o processo de remanejamento de material na rede, porque o livro chega à rede de acordo com o censo do ano anterior. Se, em uma unidade escolar, chegar mais alunos este ano, por exemplo, a própria rede pode fazer o remanejamento do livro didático para que a criança não fique sem o seu livro. São dois pontos cruciais, que interferem diretamente tanto no processo de ensino quanto na aprendizagem”, enfatizou.

A Secretaria Municipal de Educação (SEDUC) informou que a opção de adotar uma editora que atenda à rede municipal de ensino foi dada pelo PNLD, que apresentou, na metodologia, 3 alternativas aos municípios: escolher uma coleção para todo o município, implementar uma coleção por escola ou estabelecer uma coleção por grupo de escolas.

Segundo a SEDUC, entretanto, esta foi a primeira vez que, em uma decisão consensual e democrática, a rede optou por unificar os livros didáticos. Após a escolha, a SEDUC enviou, à diretoria pedagógica, um barema para que os professores respeitassem critérios no momento de escolher a editora que atenderia Alagoinhas.

Imagem: Roberto Fonseca/SECOM

Dando continuidade ao processo, coordenadores e diretores pedagógicos das escolas se reuniram, na última terça-feira (21), no IFBaiano, para avaliar o material das editoras e chegar ao nome da editora. A escolhida pela rede foi a coleção Buriti, da Editora Moderna, que, a partir de 2019, deve atender a alunos do 1° ao 5° ano em todas as escolas municipais.

“Essa metodologia, de mandar barema, de escolher, de reunir, não foi o MEC que mandou. Nós fizemos porque a gente entende que a gente precisa trazer essa discussão para a rede. Não é uma escola, são dezenas de unidades, então eu preciso entender que a minha escolha implica no outro. Foram 3 reuniões realizadas para chegarmos até aqui”, ressaltou a coordenadora pedagógica Keite Lima.

Imagem: Divulgação/SEDUC

A decisão, que se estenderá por 4 anos a partir de 2019, deve contemplar 64 unidades escolares do município.

“Houve um momento, acho que em 2009, em que se tentou fazer o que se está fazendo agora, mas não foi possível. Esse é o primeiro momento em que a gente está realmente escolhendo o livro unificado”, comentou Vanilda Santana.

A partir desta quinta-feira (23), as editoras certificadas pelo MEC, que vinham fazendo visitas às unidades escolares dos municípios, não podem mais se dirigir às escolas, e os gestores iniciam o processo de inserção de dados no sistema do Ministério da Educação com a escolha da coleção que atenderá à rede.

Programa Nacional do Livro Didático (PNLD)

Álbum de fotos: Roberto Fonseca/SECOM

 

 

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