Após assinar os decretos n° 4.939/2018 e 4.946/2018, no segundo semestre do ano passado, que reconhecem templos de religiões de matriz africana como organizações religiosas para fins jurídicos, administrativos e sociais, e de instituir o programa que regulamenta o mapeamento desses espaços e a indumentária das baianas de acarajé, a Prefeitura deu, esta semana, mais um passo à frente pela valorização do patrimônio material e imaterial da cultura e religiosidade afro-brasileira.
O município recebeu, na quinta-feira (10), a coordenadora de políticas para povos e comunidades tradicionais da SEPROMI, Dandara Lopes, que veio de Salvador e ministrou uma capacitação a mobilizadores de Alagoinhas.
Foto: Roberto Fonseca
O intuito foi trazer orientações técnicas e marcos regulatórios que contribuam para o início do mapeamento dos terreiros em Alagoinhas.
“Aqui em Alagoinhas vocês já têm um decreto que estabelece esse mapeamento. Eu venho trazer um pouco dos marcos legais, da importância disso para o município e também mostrar nosso sistema de povos e comunidades tradicionais. O mapeamento é muito importante porque, a partir dele, as comunidades serão reconhecidas e vão ser mapeadas, localizadas. Quem são essas pessoas? Quem são essas entidades? Quais são as nações desses terreiros? A partir disso, vocês podem ter um diagnóstico e fazer com que essas comunidades acessem políticas públicas”, pontuou Dandara Lopes, que apresentou marcos legais do estado da Bahia, falou sobre a identificação de povos e comunidades tradicionais e salientou que os grupos não são reconhecidos apenas pela referência territorial, mas pela identidade étnica, pela ancestralidade, pela autodefinição e por fatores materiais e imateriais transmitidos pela tradição.
Foto: Roberto Fonseca
Alfredinho Menezes, da Secretaria Municipal de Assistência Social (SEMAS), e Iraci Gama, vice-prefeita e secretária municipal de cultura, esporte e turismo (SECET), também participaram da capacitação, ao lado de mobilizadores que atuarão no mapeamento.
Foto: Roberto Fonseca
O mapeamento dos povos e comunidades tradicionais, com a identificação dos terreiros de religiões de matriz africana em Alagoinhas será iniciado nesta segunda-feira (14), em mais uma iniciativa do Governo Joaquim Neto, que reconhece a importância inestimável dessas comunidades para a preservação da cultura, a valorização da memória, o combate à discriminação e a história de Alagoinhas.
