Divulgação SEMAS
Um mês que trouxe à tona o protagonismo das mulheres negras, lembrando a força das heroínas que a história oficial quis apagar, difundindo informações que podem salvar vidas, conquistando novos espaços de poder e espalhando pela cidade a mensagem de que as pretas podem o que quiserem. Tudo isso aconteceu no Julho das Pretas: Apagamento e Invisibilidade Nunca Mais, com celebração oficial de encerramento nesta quarta-feira (27), no auditório do Centro Integrado de Assistência Social (CIAS).
Formaram a mesa solene, o secretário de Assistência Social Rui Costa Brito; Dr. Cleber Almeida -Presidente da Comissão de Promoção da Igualdade Racial da OAB/Alagoinhas; a vereadora Juci Cardoso; a GCM Geane Rodrigues, representando a coordenadora da Patrulha Maria da Penha, Barbara Janaína; e a representante da Procuradoria do Direito da Mulher da Câmara Municipal de Vereadores Camila Pereira. Falas contundentes reafirmaram a potência da mulher negra e a necessidade de garantir seus Direitos e sua visibilidade frente ao silenciamento histórico e ao machismo estrutural.
O secretário Rui Costa Brito vibrou com o sucesso da Campanha. “Gratidão a todas, todos e todx que embarcaram conosco nessa missão!”, disse, continuando, “uma missão que está para além do resgate da importância do protagonismo negro feminino na construção dos direitos humanos. O que juntos construímos foi reconexões com as heroínas negras, resgate necessário para fertilizar e potencializar a força que o racismo estrutural busca diariamente detonar, além de ampliarmos a divulgação dos serviços socioassistenciais e da nossa Rede de Proteção à Mulher local, levando com isso, informações que podem salvar vidas”.
Foto: Roberto Fonseca
A Mostra Tereza Vive simbolizou a culminância de todo um trabalho feito nas Unidades do SUAS e nas Comunidades Quilombolas de Cangula, Buri e Oiteiro. Segundo o Coordenador de Políticas Raciais da SEMAS Leandro Santos, o evento foi pensado, especialmente, para a mulher negra, que por um longo tempo sofreu um processo de rejeição, “aplicado historicamente no nosso país, desde a época da escravidão”
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O Julho das Pretas é uma ação política que existe desde 2013, no Brasil. Em Alagoinhas, a iniciativa começou a acontecer em 2017. “De lá para cá, tivemos vários avanços, sobretudo no debate enquanto poder público, focado na necessidade de melhoria da situação da mulher na sociedade, principalmente na área econômica, já que, em muitas famílias, a mulher é a peça principal de sustento”, complementou Leandro.
“Cuidar de quem mais precisa também se faz no resgate do legado ancestral”, finalizou o secretário de Assistência Social Rui Costa Brito.
